quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Algumas fotos...


O nosso "condomínio" fechado


Depois de uma grande chuvada, o pôr-do-sol nas nuvens
A ver a chuva caír no pátio de entrada

No aeroporto de Doha, Qatar

 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Hoje é domingo em Timor

Aqui o sol nasce cedo.

Como a janela não tem persianas, acordo mais cedo do que quereria.

Debaixo de uma grande cobertura, é celebrada missa às 7h da manhã. Está em construção lenta uma igreja aqui bem perto da nossa casa e do paço episcopal.  Do meu quarto ouço as vozes bem afinadas dos timorenses que assistem à missa. Hei-de ir também... mas é tão cedo!

Por volta da 7h da manhã, recebi uma mensagem no tlm da tmn. Estava na hora de ligar o skype para falar para Portugal. Este é um meio de comunicação excelente para ouvir e ver as pessoas que nos são queridas. Nem sempre as chamadas correm bem. Por vezes, a imagem não é muito nítida e há cortes na transmissão. Tenho, então, necessidade de desligar a transmissão de vídeo e manter apenas a ligação áudio. Assim,  a conversação faz-se em tempo real e sem cortes.

Foi assim hoje de manhã. Falei com a minha filha e com uma amiga com a qual ainda não tinha falado, desde que cheguei.

Fiquei a saber que o temporal que assolou Portugal deixou marcas profundas de destruição por todo o lado e que algumas localidades só há pouco voltaram a ter energia eléctrica. Nos últimos anos temos assistido a fenómenos atmosféricos pouco comuns no nosso país.  Já há muito tempo que os ambientalistas vinham alertando para a forma como nós seres humanos, tratávamos a nossa “casa” – a Terra e das consequências que daí podiam advir. Quantas vezes foram alvo de críticas vindas, por vezes, de pessoas que deveriam ter outra postura na defesa daquilo que é de todos nós. Aqui, em Timor, não há qualquer preocupação com o problema do lixo. Não há qualquer recolha e cada um queima o que produz.

Depois do banho, do pequeno almoço e de alguma troca de palavras, é necessário começar a preparar o almoço. Hoje era a nossa  vez de cozinhar. Já tinha sido decidido fazer estufado de frango com amendoins. O amendoim cru é vendido no mercado de Maliana a 50 cêntimos do dólar a medida de uma lata que já foi de tinta. Comprámos 4 medidas e, na sexta feira, houve uma maratona de descasque do amendoim. Como estão húmidos, é um trabalho um pouco difícil e moroso.  Ontem colocámo-los de molho e hoje foi necessário cozê-los para ficar “al dente”.  Foi só fazer o estufado de 3 pequenos frangos e acrescentar-lhes os amendoins para ficar um prato delicioso. Uma entrada de sardinhas em conserva em pedacinhos de pão acabadinho de sair no forno, uma fatia de bolo de banana, cerveja “Diablo” para quem quis e um café e, voilá… aí está o nosso almoço de domingo.

Já começa a não se notar quem faz o quê, ou seja, combinámos cozinhar em grupos de 2 mas hoje reparei que todos colaboram em tudo, desde a confeção do prato, da arrumação da cozinha até da ida urgente lá abaixo à loja do indonésio comprar a bebida que faltava.

Ontem, no mercado, uma australiana disse que era nossa vizinha e que hoje viria fazer-nos uma visita acompanhada de um bolinho, uma vez que ontem foi o dia do seu país. Afinal não apareceu.

O Pai Natal trouxe-nos as encomendas enviadas de Portugal antes da nossa partida.

 

domingo, 27 de janeiro de 2013


O meu dia em Maliana

O meu dia de trabalho começa com o toque do despertar do telemóvel por volta das 6h 30m.

Depois de um banho de chuveiro, são horas de tomar o pequeno-almoço: torradas, leite ou cereais que comprei em Dili e fruta. Não há leite. Então, ou bebo do que trouxe da capital ou reconstituo  o leite em pó ou o leite condensado que consegui encontrar. Tenho saudades de iogurte.

Cerca das 7h 40m, o nosso transporte chega para nos levar até à escola.

De todo o lado, surgem inúmeras crianças e jovens que a pé ou em motas-táxi se dirigem às respectivas escolas enchendo os caminhos de sons e de cor (cada escola tem um uniforme de cor diferente). Tentando fugir dos muitos buracos das estradas e com mais ou menos solavancos, em 20min chegamos à Escola de Referência de Maliana onde nos esperam para mais um dia de trabalho. Na escola, há 4 turmas do pré-escolar e 8 da 1ª à 4ª classes. Partilhando o mesmo espaço, há uma outra escola onde futuros professores timorenses se preparam para uma vida dedicada ao ensino. As aulas começam às 8h e terminam às 13h. Pelo meio, há actividades de português (com maior carga horária), tétum, matemática, estudo do meio, moral e expressões. Sou acompanhada por um professor estagiário que dá as aulas de tétum e apoia a turma em tudo o que for necessário.
Todos os dias de manhã é obrigatório fazer uma oração, ora em português ora na língua nativa. Uma vez por semana, o hino de Timor é entoado no espaço do recreio por todas as crianças e adultos. Uma vez por mês, é ao mesmo tempo içada a bandeira do país. Não é fácil fazermo-nos entender pela população e pelas crianças em especial. O português não é a sua língua materna e apenas o falam na escola. Por vezes, é necessário recorrer ao apoio do estagiário que traduz aquilo que queremos explicar.

Depois das 13h vamos todos almoçar a casa da D. Filomena. De tarde, alternadamente, pode haver reunião de docentes, de E.E.  e  com o respectivo estagiário. Em duas tardes por semana e, rotativamente, em grupos de 2, damos aulas de português aos estagiários que trabalham na escola. As aulas de tétum para professores terão início na próxima semana.

O resto do tempo é ocupado a preparar as aulas, a comprar as “pulsas” para carregar o tlm na TT Timor Telecom, a falar para Portugal (entre Timor e Portugal há uma diferença de 9h) e a preparar o jantar. A pulsa é um sistema de carregamento do tlm e da internet que não existe em Portugal. Em Dili, há inúmeros vendedores de pulsas a diversos preços.

 A nossa última refeição do dia é sempre muito animada. Não dispensamos a sopa, a fruta e alguns petiscos que improvisamos. Comemos e rimos. Rimos e comemos.


Longe da família, esta é a nossa família em Timor.

 

  

 

 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


O 1º passeio

Ontem foi o meu primeiro passeio por Maliana. Nestes dias tenho-me mantido em casa umas vezes porque me apetece, outras porque chove ou faz calor em demasia. As minhas únicas saídas têm sido apenas para ir trabalhar (e vou de transporte), ao mercado da cidade e meia volta no pátio da casa. Que canseira!

Depois das aulas e do almoço na casa da D. Filomena, viemos descansar e por volta das 17h 30m fomos andar a pé pelas redondezas. 

Ainda não tenho cá os meus ténis.  Estão em trânsito. O correio mais acessível pode demorar meses a chegar a Timor. Depois, há que contar com o tempo que demora a que algum dos colegas vá a Dili para recolher as encomendas de todos. Por mais absurdo que pareça, não há distribuição de correio em Timor! Há Internet mas não há correio. Cada um vai buscá-lo à estação de Correios de Dili.

Como não tenho ténis, calcei os chinelos de borracha. Em boa hora o fiz porque deu bastante jeito ao atravessar a ribeira. A cidade está rodeada de montanhas que serviram de abrigo à resistência timorense e, ao longo do percurso, a vegetação luxuriante esconde as marcas deixadas pela ocupação indonésia, visível nas ruínas daquilo que deveriam ter sido belas construções habitacionais e que os timorenses não reconstroem preferindo fazer as suas próprias habitações com madeira e telhados de zinco. Em Maliana, veem-se poucas casas com telhado de colmo.

Hoje, a água que escorre da montanha já não é barrenta. Com alguma imaginação poderemos dizer que é clara.  Escondidas atrás de buganvílias, dos coqueiros e de árvores que não sei identificar, há inúmeras casas cheias de gente que nos cumprimenta com um “Boa tarde” bem sonoro. Crianças descalças jogam à bola num pequeno campo improvisado rodeado de erva aparada por algumas vacas e cabras que, lenta e naturalmente, comem ao sabor da música que sai de algum rádio de uma qualquer casa que existe por ali. Auto-intitulam-se Cristiano  Ronaldo e Messi  e pedem para ser fotografados. Ao cimo de um pequeno morro encontramos um cemitério cheio de ervas que teimam em crescer e esconder belas campas onde não faltam marcas da religiosidade deste povo.

Uma pequena faixa de nevoeiro parecia cortar ao meio as altas montanhas que rodeiam Maliana fazendo adivinhar um temperatura bem diferente daquela que existe mais abaixo. À distância, Maliana parece outra.

Por vezes, é necessário fazer alguma ginástica para que os pés não escorreguem em alguma pedra que se interpõe no caminho estreito, tortuoso e enlameado. Quase no fim, paramos em casa de outras colegas e, por um atalho, rapidamente chegamos a casa.

Tomado o banho, são horas de jantar:

Em grupos de 2, fazemos o jantar para todos. Inclui sempre sopa com os ingredientes que encontramos à venda no mercado, fruta e um pequeno miminho (cogumelos salteados ou com massa, tostas com paté, chouriço). E conversamos, e rimos, por vezes, até chorar.

Longe de casa, é bom este convívio entre nós.

 

domingo, 20 de janeiro de 2013


Ida ao mercado de Maliana

 É necessário fazer as compras para os jantares da semana. O melhor local será, sem dúvida, o mercado da cidade. A chuva caía que Deus a dava e tivemos de esperar um pouco. Logo que o tempo aliviou, o Celestino levou-nos até ao local. Pelo caminho, efectuámos uma paragem na TT (Timor Telecom) para abastecer os tlm. Nova carga de água engrossa o caudal das ribeiras que escorrem da serra.
Vêm-se microletes para cá e para lá na principal “avenida” de Maliana. No mercado, os vendedores exibem os seus melhores produtos “frescos” na ânsia de os conseguirem vender apesar das chuvas fortes. A passagem para o lado certo, faz-se através de uma ponte improvisada que será o resto de um portão. Com a minha falta de agilidade, quase me desequilibro e, ao ser ajudada por uma mão desconhecida que se estende para mim, há uma explosão de risos de um magote de gente que observa a cena. É um misto de cores e de cheiros, de rostos de mulheres e de homens que tentam captar a atenção do comprador. São essencialmente as mulheres que de cócoras no chão, ou sentadas na própria banca, vendem e também mascam um produto a que chamam “arreca” (um caroço laminado e seco) que juntamente com folhas de “vetel” e cal dá uma tonalidade avermelhada e preta aos lábios, à boca e aos dentes. Dou-lhes uma chiclete de morango para que experimentem. Uma delas retrai-se e não come mas outros gostam. Explico-lhes que não a devem engolir mas deitar fora quando não tiver sabor. Aceitam ser fotografadas e exibem o seu melhor sorriso perante a imagem que surge na  máquina. Pequenas cebolas, alhos, batatas, tomate, chuchu, feijão verde,…peixe seco salpicado pelas moscas, tabaco, bananas, papaias e mangas são alguns dos produtos à venda. Quase tudo tem um preço fixo: 1 dólar ou  então “lima por cem”, que quer dizer 50 cêntimos do dólar.  Mais à frente, roupa e outros produtos embalados, bolos  que fazem lembrar os donuts,  fritos de banana, pão (raro por estas bandas) e sal. Não tenho tempo de ver mais nada. Ficará para outro dia. A minha capa de plástico é muito cobiçada mas faz-me falta. Não a posso dar a ninguém.

Todos os sábados iremos almoçar ao restaurante. 

Hoje é sábado e no “Restaurante & Bar Ladueña” espera-nos um belo repasto.

Como “migorã”, uma saborosa massa fina com pedacinhos de vegetais e fiambre coberta por uma omeleta. Mas também há frango com batatas fritas e peixe frito com beringela entre outros pratos.

É melhor nem pensar nas condições em que tudo isto foi confeccionado. Preciso matar a fome. 

Lá fora, chove torrencialmente. É necessário recolher toda a água da chuva possível. Ela será muito útil para lavar os dentes, a roupa e até a hortaliça.
 

sábado, 19 de janeiro de 2013


Primeiro dia

Acordo cedo, tomo rapidamente o pequeno almoço que não quero mas devo, e fico pronta para entrar na pic up que o Jacinto conduzirá até à Escola de Referência de Maliana. São muitos nomes a decorar: colegas, estagiários, empregadas, meninas e meninos timorenses que mesmo debaixo de muita chuva se encaminham para a escola, esperam por mim.

Entro numa sala grande, razoavelmente equipada mas sem luz porque há uma avaria e tenho à minha frente 24 meninos lindos e limpos na sua farda branca e cinza. Feitas as apresentações mútuas com o Zé (estagiário) a ajudar na tradução de algumas palavras e ávido em aprender, há que começar a trabalhar. Diagnosticar dificuldades e níveis de aprendizagem serão os primeiros passos. Reuniões de docentes, de E.E., com os estagiários, aulas de tétum para professores e de português para estagiários, além das planificações de aulas, irão preencher os meus dias. Almoçamos em casa da D. Filomena, facto que nos liberta da árdua tarefa de ir aos mercados de rua procurar os produtos necessários para confeccionar as refeições. Para os jantares teremos mesmo de o fazer. A ementa será sempre uma incógnita pois a existência de produtos nas bancas depende do estado do tempo e do grau de dificuldade em transportar esses produtos até ao local de venda.  

Foram assim os meus primeiros dias em Timor.

A viagem  de Bali a Dili

Depois de inúmeros controlos em Bali, eis que finalmente aterramos no aeroporto de Dili  onde um calor quente e húmido nos recebe e  torna difícil a respiração. Após uma breve e rápida passagem pela barreira policial, chegou a hora de saber o nome do local onde irei trabalhar nos próximos meses: Maliana.

Perto da montanha, longe do mar.

Soltam-se  gritos de alegria e abraços. Seguem-se algumas lágrimas entre aqueles que a sorte teimou em separar após breves momentos de convívio e de descoberta de alguma afinidade.

Eu juntei-me ao grupo de Liquiçá e foi com ele que passei os dias seguintes numa corrida louca entre o hotel e a capital na mira de tratar dos assuntos burocráticos (o telemóvel, as fotos, a internet, o banco, a embaixada…)

O estúdio do fotógrafo é o local mais fresco do dia e o mais hilariante. Dentro de uma loja de electrodomésticos, há que efectuar o pré-pagamento  a um funcionário que mal percebe o português. Seguem-se breves momentos de espera onde o cliente tem oportunidade de escolher a indumentária com que deseja eternizar esse momento. Camisas, gravatas, casacos, grandes, pequenos, para todos os gostos, espelho, pente e um vestiário muito discreto numa sala de pouco mais de 9 metros quadrados!

São horas de ir às compras para o mês.  No supermercado, apercebo-me dos altos preços e da quase inexistente variedade de produtos. Frutas, carne, peixe, produtos de higiene, etc. parecem estar fora do alcance da maioria dos cidadãos. Mas sobrevivem.

Que dizer da cidade? O caos do trânsito, pessoas aos montes para cá e para lá num rodopio constante ou sentadas à sombra de alguma árvore à beira das estradas sem nada para fazer ou atrás de um pequeno negócio de venda de água, fruta ou sei lá que mais numa banca imunda mas necessária numa cidade como esta. Esgotos correm para o mar que fica logo ali e tornam a água da praia imprópria para banhos. Chove há alguns dias uma água morna que provoca um sem fim de charcos que os mosquitos chamarão seu.

A caminho de Maliana

Colocada a carga na pic-up conduzida com perícia pelo experiente mas ainda jovem Jacinto, são horas de partir para Maliana. Compras de última hora são colocadas, ou melhor, amontoadas no espaço livre que ainda existe. Carros, jipes, biscotas, microletes, ziguezagueam constantemente para fugir aos inúmeros buracos que a chuva teima em tornar cada vez maiores. Derrocadas e pântanos, bancas e restaurantes improvisados com uma mão cheia de tábuas que servem de mesas e bancos, jovens estudantes que num trabalho comunitário fazem limpezas pelas ruas, crianças sorridentes e felizes tomam banho na água barrenta que escorre das montanhas, vacas, galinhas, cabras, tudo é possível encontrar ao longo do percurso. Curiosas as pequenas “fogueiras” existentes à beira da estrada e do mar para produzir o sal que se consome na região. Curta pausa num “mercado” de rua para comprar papaias e está na hora de continuar viagem já que a noite se aproxima a passos largos. Afasto-me da beira-mar rumo à montanha.

Luzes ao longe e … Maliana, está ai. Pequenas casas cobertas de folhas ao lado de uma muito útil   “parabólica” que traz as notícias que os correios não deixam à porta.

É noite. Já se vê o Hospital, a Pousada, um edifício público, uma escola, a Casa Episcopal e, logo a seguir, a casa dos professores.

Suíte com ar condicionado, vista para a serra num condomínio fechado, segurança 24h por dia, motorista e empregada doméstica a juntar ao carinho e jantar reconfortante feito pelos colegas esperam-me. Depois do banho e da cabeça lavada com a água da chuva recolhida num balde, o sono é o meu melhor amigo. É necessário abrir as malas para tirar alguma roupa, avisar por sms as pessoas mais queridas antes de dormir. Que mais poderia desejar num dia como este?

É bom sentir-me em casa!

Amanhã é o meu primeiro contacto com os alunos timorenses.

 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Uma pequena pausa


Depois da longa viagem e de dois dias de intensa azáfama para tratar de assuntos burocráticos e encontros com algumas individualidades, encontro-me num pequeno quarto de hotel antes de partir  para as compras  do mês que levarei até Maliana, o meu local de trabalho durante este ano.
 Que levar? Ainda não sei. Espero orientações da Coordenadora.
Maliana, ao contrário de outras capitais de distrito,  parece ser um local onde se podem adquirir alguns bens.
Pelo que observei, aqui a vida é mais cara que em Portugal e não há qualquer luxo. Apenas o essencial.
A chuva cai a qualquer momento sem pré-aviso e pode apanhar-nos desprevenidos. O clima muito quente e húmido,  dá moleza e torna o nosso corpo  de tal forma pegajoso que  só um banho é capaz de resolver.
A meio da noite, o sono teimou em desaparecer e aproveitámos (eu e a minha colega de quarto) para comer umas bolachinhas acompanhadas de leite e/ou sumo. Logo a seguir, foi a vez da energia elétrica desaparecer também. Curiosamente, das 6h às 8h foi um período de sono contínuo já que o gerador aqui ao lado se manteve calado por algum tempo.
 Chove bastante neste momento e vou com alguns colegas à loja de produtos portugueses e ao supermercado num pequeno centro comercial. Frutas podem ser adquiridas nas inúmeras bancas ao longo das estradas.
E por aqui me fico por hoje...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Lisboa - Frankfurt - adiantar 1 hora
Frankfurt - Doha - adiantar 2 horas
Doha - Bali - adiantar 5 horas
Já são 8 horas mais tarde que em Portugal.

 Depois de tantas mudanças de avião, acompanhada pelas restantes colegas do grupo, finalmente chego a Bali onde o ar quente e  húmido que nos envolve tornam o clima um pouco sufocante. Irei habituar-me mas, por enquanto, usufruo do conforto do ar condicionado que o hotel nos proporciona.
Cansada  e com um banho que já pedia há algumas horas, não me atrevo a ir à rua.  Vou tentar recuperar o sono que perdi ao longo das últimas horas.
Que dizer do tempo passado entre nuvens? Para além de ler parte do meu livro "Duas irmãs, um rei",  tive tempo para ir conhecendo pessoas novas, para ir treinando o meu rudimentar inglês (já prometi a mim mesma que quando regressar a Portugal, irei aperfeiçoar), dormitar e comer. Sim, porque mal começava a digerir a refeição anterior, já estava outra a ser distribuída. Subtilmente, vislumbrei pequenos rasgos de exotismo na comida a bordo. Massas, ovos e frango, salpicados por algumas especiarias das quais nunca fui muito  adepta (gengibre) começaram a educar o meu paladar para outros sabores menos comuns.
De referir a simpatia das diferentes tripulações que nos transportaram e o controle rigoroso de pessoas e bagagens em Singapura e na Indonésia.
Amanhã as malas continuarão a pesar, o vai-vem de controlo dos aeroportos irá acontecer  e, finalmente, rumarei até Timor-Leste onde me espera um novo ano de trabalho.





domingo, 13 de janeiro de 2013







Foi desta!

 Parti!

Estou a caminho. Me esperem!


Depois de uns dias de férias forçadas, será que é desta?


Colocado o L no lugar do S...
Novo itinerário: Lisboa, Frankfurt, Doha, Singapura, Bali (para dormir) e Timor-Leste.
Ufa!
Repetem-se os preparativos. A mala grande nem foi aberta.
Como o ensaio geral já foi feito, agora tudo é mais fácil! Ah! Ah!
Ansiedade, malas à porta, 2ª circular, aeroporto, check-in.
Pára tudo aqui!
As despedidas ficam para depois.
À hora a que redijo esta mensagem, ainda não sei o que aconteceu.
É agora?
A ver vamos.
Logo conto.
                                                     Esperem para ver!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Pensavam que estava tudo a correr sobre rodas, ou melhor, sobre asas?

Dia 6 de janeiro de 2013, dia de Reis, vai ser um dia inesquecível para algumas pessoas. 
Depois de uma curta noite de sono, acordo bem cedo e preparo-me para a longa viagem até Timor. Malas no carro e aí vamos nós (família e amiga) pela 2ª circular até ao aeroporto.
Check-in!!!!!
 Entrego o bilhete e......elá..... há problemas.
L,  S.......
  Pois é, a troca de uma letra iria originar uma catadupa de telefonemas para Timor e o domingo, que tinha tudo para ser calmo, colapsou.
É claro que dei conta desse erro e alertei a agência com muita antecedência.
Seguem-se 2 horas de intensa troca de impressões com a TAP, com a Qatar Airways, telefonemas para a agência, para a coordenação, idas e vindas, nervos e, no fim, choro de raiva. Isto é irreal, não está a acontecer, é um pesadelo. Quero acordar, isto não se admite.

Uma letrinha apenas, linda, inofensiva... Pois, mas suficientemente poderosa para não poder embarcar.
Choro, sim, principalmente de raiva.
Da agência comunicam-me que posso ir dia 12 com o outro grupo de colegas de trabalho. Claro que aceito!
De novo, malas no carro e 2ª circular em sentido inverso até casa.
Aos poucos, começo a acalmar e a perceber que se isto tivesse acontecido em Barcelona ou no Qatar seria bem pior e teria de ficar apeada.
Chave de casa na mão, malas à porta e .... um ano passou assim tão rápido?
 Não. Apenas o tempo voltou para trás 7 dias.
Ironicamente, penso que isto foi apenas um ensaio. Para a próxima vai correr melhor. A ver vamos!.
Uma palavra de agradecimento à Filipa, ao Artur e à Madalena pelo carinho e disponibilidade demonstradas.
Foi um treino? Amanhã vai correr melhor. Ai vai, vai. Tem de ir. Depois conto.







segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Conto, conto.
Ui, ui, há tanto para contar. Nem vão acreditar!
É hoje! Malas prontas, passaporte na mão, despedidas, algumas lágrimas e lá vou eu. Barcelona, Doha, Singapura, Bali e ... finalmente, Dili.
 Como correu a viagem?
Logo conto...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Preparando a viagem...

Ao fim de algum tempo de espera e ansiedade, o dia da partida aproxima-se. Para ir matando as saudades, há telefonemas, encontros, almoços, jantares, votos de boa viagem, opiniões, sugestões, conselhos... As  expectativas parecem ser boas…
 Dificuldades? Também irei encontrar mas, com toda a certeza, elas serão ultrapassadas. Conto com todos, de lá e de cá, para  arranjar soluções para esta nova experiência profissional.
E viagens?
Claro que sim. Novos países, novas culturas, novas pessoas irão marcar-me.
Acima de tudo, ficarei mais rica de conhecimentos……
E as saudades?
Aos meus amigos e conhecidos quero dizer que ficarão sempre no meu coração e, lá longe, lembrar-me-ei de todos sem exceção.  
Sempre que haja disponibilidade e net, aqui colocarei fotos e textos que complementem o trabalho desenvolvido por terras de Timor-Leste durante o ano 2013.  Obrigada a todos os que me fizeram e continuam a fazer-me crescer. Até já.