Após uns deliciosos dias de descanso, há que regressar à rotina de um fim de semana em Dili.
Que diferença entre estes dois países! Timor precisa de mudar muito para conseguir crescer em todos os aspetos. A vida aqui é muito mais cara do que no país ao lado e a qualidade de vida é muito inferior. Regressei à dificuldade em arranjar bens de consumo tanto em qualidade como em quantidade e diversidade. Regressei às estradas de difícil circulação, ao clima que me parece ser mais quente e húmido, as ruas apenas iluminadas pela luz que sai das habitações, etc.
Um dos alimentos que esperava encontrar em Bali era o iogurte. Foi uma decepção! Além de não ser fácil de encontrar é muitíssimo caro. Por aqui o consumo de leite e seus derivados é mínimo e estes petiscos têm de ser importados da Europa ou Austrália o que os faz encarecer muito. Hoje procurei iogurtes e leite. Do primeiro nem sinal, do segundo encontrei num supermercado mas a um preço quase proibitivo:1, 95 dólares. Mas tenho de o comprar para levar para Maliana pois lá só existe em pó. E as saudosas maçãs que vêm da China e são a cinquenta cêntimos cada uma! Tenho de me contentar com as deliciosas bananas timorenses.
Ontem foi sexta feira santa e quase todo o comércio estava fechado. Hoje havia lojas abertas mas alguns organismos não abriram por causa da tolerância de ponto da quinta feira passada e da segunda feira que há de vir. Ao tentar visitar o museu da Resistência, deparei-me com as portas fechadas. Fica para uma outra vez.
Amanhã irei passar o domingo na praia. Será a última oportunidade antes de regressar às montanhas, ao trabalho e à próxima vinda a Dili.
Entretanto, começamos a pensar no que fazer num qualquer próximo fim de semana: ir às ilhas de Jaco e de Ataúro, assim o S. Pedro o permita e feche as torneiras do céu por algum tempo. Sim, por Maliana tem chovido muito e se bem que nos faça muita falta a água da chuva, a mesma não nos permite fazer outra coisa que não seja casa, trabalho, casa.
sábado, 30 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
No arquipélago das Gili
Há já dois dias que estou na Gili Trawangan.
Depois de uns passeios por Bali, rumámos a uma das 3 Gili perto de Lombok.
Após uma hora e meia de viagem de barco em que não faltou o percalço de, decorridos cerca de 100m, termos que voltar a terra para substituição do motor, eis que atracamos numa bela ilha de águas ligeiramente mais frias do que as de Timor mas de uma cor de vários tons de azul e verde e de areia quase branca mas tão fina como açúcar. Na verdade, uma ilha paradísiaca
Em frente existe a Gili Meno e, por detrás dessa, a Gili Air.
Esta é a maior das três.
Pode-se encontrar aqui dois tipos de turismo: o mais económico que se instala em pequenos hotéis e o de luxo, o dos resorts. Eu estou no primeiro tipo.
Procurar um local para ficar não foi difícil porque alguns colegas já conheciam a ilha e foram ao sítio certo. Na primeira noite, ficámos num mas, depois de vermos outras instalações melhores e pelo mesmo preço, resolvemos mudar (350 000 rúpias por noite sem pequeno almoço).
É constituído por 6 aposentos, com espaço para aumentar, com uma arquitetura, penso que típica da ilha. De bloco de cimento mas revestida a madeira e "colmo" o que lhe dá um ar aconchegante. No centro uma pequena piscina que não usei. Prefiro a praia. A casa de banho tem o piso feito com lajes de rocha vulcânica e pequenos calhaus rolados soltos. Parte deste espaço não tem cobertura. Não há água quente, mas para quê?
É de uma australiana e parece-me que são eles (australianos) os donos dos resorts daqui. É ver o cuidado e o gosto dos materiais utilizados. Mais afastado da zona onde atracam os barcos, ficam os resorts de luxo que se são lindos de dia, à noite são espetaculares. Não são para o meu bolso.
Não há meios de transporte motorizado, só bicicletas e carroças puxadas por cavalos ou éguas e pelas próprias pessoas. Trata-se de uma forma de preservar a ilha. Claro que isto faz encarecer os produtos que se vendem nas inúmeras lojas da principal rua da ilha.
Na praia aparecem restos de corais resultado do tipo de pesca que se fazia há alguns anos e que danificaram gravemente os recifes. Li algures que estão a recuperar. Ainda bem que começou a haver mais consciência ecológica.
Para comer, há de tudo: carne, peixe vegetais, frutas...
Para comprar, há muitas lojas, a maioria com roupa de pouca qualidade...
Há massagens, aulas de culinária, aulas de mergulho, etc.
A ilha não produz nada. Tudo vem de Lombok que fica bastante perto.
Parece o paraíso! Não me tirem daqui! Não quero voltar a Maliana!
Tem de ser. Para a semana recomeça o trabalho.
Há já dois dias que estou na Gili Trawangan.
Depois de uns passeios por Bali, rumámos a uma das 3 Gili perto de Lombok.
Após uma hora e meia de viagem de barco em que não faltou o percalço de, decorridos cerca de 100m, termos que voltar a terra para substituição do motor, eis que atracamos numa bela ilha de águas ligeiramente mais frias do que as de Timor mas de uma cor de vários tons de azul e verde e de areia quase branca mas tão fina como açúcar. Na verdade, uma ilha paradísiaca
As três ilhas |
Em frente existe a Gili Meno e, por detrás dessa, a Gili Air.
Esta é a maior das três.
Pode-se encontrar aqui dois tipos de turismo: o mais económico que se instala em pequenos hotéis e o de luxo, o dos resorts. Eu estou no primeiro tipo.
Procurar um local para ficar não foi difícil porque alguns colegas já conheciam a ilha e foram ao sítio certo. Na primeira noite, ficámos num mas, depois de vermos outras instalações melhores e pelo mesmo preço, resolvemos mudar (350 000 rúpias por noite sem pequeno almoço).
É constituído por 6 aposentos, com espaço para aumentar, com uma arquitetura, penso que típica da ilha. De bloco de cimento mas revestida a madeira e "colmo" o que lhe dá um ar aconchegante. No centro uma pequena piscina que não usei. Prefiro a praia. A casa de banho tem o piso feito com lajes de rocha vulcânica e pequenos calhaus rolados soltos. Parte deste espaço não tem cobertura. Não há água quente, mas para quê?
É de uma australiana e parece-me que são eles (australianos) os donos dos resorts daqui. É ver o cuidado e o gosto dos materiais utilizados. Mais afastado da zona onde atracam os barcos, ficam os resorts de luxo que se são lindos de dia, à noite são espetaculares. Não são para o meu bolso.
Não há meios de transporte motorizado, só bicicletas e carroças puxadas por cavalos ou éguas e pelas próprias pessoas. Trata-se de uma forma de preservar a ilha. Claro que isto faz encarecer os produtos que se vendem nas inúmeras lojas da principal rua da ilha.
Na praia aparecem restos de corais resultado do tipo de pesca que se fazia há alguns anos e que danificaram gravemente os recifes. Li algures que estão a recuperar. Ainda bem que começou a haver mais consciência ecológica.
Para comer, há de tudo: carne, peixe vegetais, frutas...
Para comprar, há muitas lojas, a maioria com roupa de pouca qualidade...
Há massagens, aulas de culinária, aulas de mergulho, etc.
A ilha não produz nada. Tudo vem de Lombok que fica bastante perto.
Parece o paraíso! Não me tirem daqui! Não quero voltar a Maliana!
Tem de ser. Para a semana recomeça o trabalho.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Bali é uma das mais de 13000 ilhas do arquipélago que constituem a República da Indonésia.
Foi aqui que vim passar uns dias de férias.
No aeroporto de Dili |
O vulcão |
É uma ilha essencialmente virada para o turismo. O comércio, a restauração e hotelaria parecem ser as principais ocupações dos seus habitantes. Contudo, devido ao clima e solo rico em nutrientes é uma ilha onde o cultivo do arroz é extremamente importante. É muito montanhosa e de origem vulcânica (a última erupção data de 1963) e a utilização da rocha nas construções e estatuária confere-lhe uma tonalidade escura. Por todo o lado se veem manifestações da religião da sua população: o hinduísmo. Chegada ao aeroporto de Dempassar ( a capital) rumei a um dos inúmeros hotéis de Kuta, cidade onde há pouco mais de 10 anos, mais precisamente, em 12 de outubro de 2002, houve dois atentados terroristas.
O cultivo do arroz |
A cidade vibra de turistas muito mais australianos e japoneses que europeus. Parece ser um povo simpático quanto mais não seja para atrair os turistas que deixam aqui as suas divisas.
A praia de águas cálidas mas não muito limpas tem inúmeros praticantes de surf, muitos vendedores que nos massacram com as compras que não queremos fazer, vendedores de fruta, de pulseiras, colares, gelados, roupa, massagistas, pedicures, etc.
Para me deixarem na paz da leitura do "meu" livro emprestado "o pequeno ditador" tenho de lhes dizer que não gosto. Se por acaso caio na tentação de alguma coisa, há que regatear, regatear até conseguir um preço aceitável. Aqui a moeda é a rúpia que se "mede" aos milhares. Ex.Uma garrafa de água custa 3 500 rúpias que andará à volta de 0,35€. Ontem fomos fazer um "tour" pela ilha ver os campos de arroz, os templos, o vulcão etc. como se pode ver pelas fotos.
Daqui a dias iremos para uma das outras ilhas que compõem este arquipélago.
quinta-feira, 14 de março de 2013
Por aqui, mais um dia de chuva. Com este tempo não dá para sair.
Limitamo-nos ao convívio caseiro. Para além disso, há o trabalho que todos os professores tão bem conhecem nesta altura do ano: planificações, elaboração das fichas de avaliação, aplicação e correcção, relatórios e cadernetas do aluno, etc.
Sim, aqui também existe isso tudo! Também há componente lectiva e não lectiva, trabalho individual e de estabelecimento, para além de outro inerente à minha presença neste país como a oficina de português e as aulas de tétum.
Também por esse motivo não tem havido novidades.
Sendo assim, há que aguardar.
Nas próximas férias da Páscoa, está previsto sair de Maliana, ir até à capital e aí apanhar o avião para um destino que, para já, não digo qual é. O bilhete já está pago e o hotel reservado. Darei novidades em breve.
À falta de crónicas, aqui vão algumas fotos para apreciarem.
terça-feira, 12 de março de 2013
O dia internacional da Mulher
Para assinalar a data, (aqui há sempre colegas
que se superam) logo de manhã, as mulheres da casa foram presentadas com o
símbolo da mulher para colocar no peito e um folheto personalizado, com a
respetiva foto e uns lindos poemas a ela dedicados.
À noite, ao
regressarmos a casa, deparámo-nos com algumas cenas altamente provocadoras:
um casal de sapos estavam a fazer
sapinhos!
Vejam só estas imagens!
Eu sei que deveria ter bolinha vermelha mas enfim… aqui não há censura!
Eu sei que deveria ter bolinha vermelha mas enfim… aqui não há censura!
terça-feira, 5 de março de 2013
Num país católico como é Timor, a resignação do Papa foi o motivo para que os representantes da igreja em Maliana convidassem todo o pessoal docente e não docente das escolas a participar numa missa celebrada pelo senhor bispo, no sábado, dia 23 de fevereiro.
Foi uma missa muito participada e
a igreja estava repleta de pessoas e de cor das diferentes fardas que
identificam as diversas escolas básicas e secundárias existentes na cidade.
sábado, 2 de março de 2013
O meu tempo livre
Já algum tempo que não escrevia. Umas vezes não me apetece e, outras vezes, não tenho disponibilidade.
Nem pensar em mandá-los vir de Portugal. Não há distribuição
de correio e aquele que é enviado para cá é preciso ir buscá-lo a Dili.
Por via marítima, há uma taxa especial, mais barata mas
demora mais de um mês a chegar. Supostamente, por avião, a viagem deveria ser
mais rápida mas a experiência não provou isso. Ou se perderam duas encomendas
ou ainda se encontram em trânsito, embora seja muito mais caro o seu envio.
Continuo a aguardar uns “miminhos” vindos do nosso país.
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